Conheça um pouco sobre a história da Cocel:
O ano era 1.967 e a Divisão de Energia da Prefeitura Municipal era a responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade. Nesta época o então Presidente da República, militar Castelo Branco, assinou um decreto com validade de noventa dias habilitando os municípios para se adequarem a uma nova realidade – a organização de empresas de economia mista (de propriedade pública e privada) para conseguirem a concessão da distribuição de energia em seu território. Dentro deste prazo, um representante do município precisaria se dirigir ao Ministério de Minas e Energia, em Brasília, com a documentação adequada para encaminhamento e efetivação da proposta.
O prefeito de Campo Largo daquele período, Newton Puppi e o advogado Renato Borges de Macedo – que informou ao Prefeito sobre o decreto federal e conseguiu providenciar a documentação necessária para solicitar a concessão, foram decisivos para a criação da empresa que viria a se tornar uma das grandes fomentadoras do desenvolvimento da cidade – a Cocel.
O projeto completo da criação da Cocel foi apresentado à Câmara dos Vereadores de Campo Largo, em 17 de julho de 1967, aprovado em 4 de dezembro do mesmo ano e sancionado através da Lei n° 106 do dia seguinte.
Em 5 de março de 1968, às 20 horas, no salão da Biblioteca Municipal, uma assembléia geral extraordinária marcava a Fundação da Cocel – Companhia Campolarguense de Eletricidade. Por força de decreto municipal, Salim Mussi foi o organizador da Companhia. Alceu Cavalli (que era funcionário da Divisão de Energia Elétrica da Prefeitura) foi nomeado diretor presidente e Biazio Guarezi, diretor técnico.
O primeiro conselho fiscal foi composto por: Júlio Nerone, Adria Constantina Stoco Mores, Enir Leon Bordes, Reinaldo Gadens, Atílio Castagnoli e Antonio Santos Falarz – todos se tornaram acionistas da Companhia. Para legalizar a empresa de energia era necessário que houvesse acionistas, então para isso acontecer, foi vendido para pouco mais de dez pessoas da cidade um equivalente a 3% do montante das instalações elétricas patrimoniais da cidade.
Também se tornaram acionistas: Jorge Mussi Filho, Alceu Cavalli, Biazio Guarezi, Sergio Luiz Cavalli, Renato Borges de Macedo Junior, Ivo Pelizari, Salim Mussi, Rubens Bichibichi, Eleutério Altino Ricardo Barros, Artur Francisco Petroski e João Alberto Trevisan. Pela lei que regulamenta as empresas de economia mista, coube à Prefeitura Municipal a maioria das ações da Cocel.
Inicialmente a Cocel funcionou numa sala alugada na casa do senhor João Davi, na Rua 7 de Setembro, em frente onde atualmente funciona o Posto de Saúde Municipal do Centro. Mais tarde a Cocel mudou-se para onde hoje é a Casa da Cultura. Ali eram as instalações da Prefeitura e ao lado, um anexo provisório foi cedido para a Cocel que, naquele instante, já estava bem desenvolvida. A atual sede, localizada à Rua Rui Barbosa, 520, foi inaugurada em 1995.
Em junho de 1.994 o nome da empresa foi alterado para Companhia Campolarguense de Energia devido à possibilidade de exploração de outras fontes de energia.
Na época em que a Cocel foi criada a população de Campo Largo era de aproximadamente 30 mil habitantes, sendo que 5 mil eram consumidores de energia elétrica. Durante as grandes transformações econômicas da cidade a Companhia demonstrou a qualidade de seu trabalho. Durante a expansão das indústrias cerâmicas na década de 1.980, e recentemente com a instalação de indústrias de autopeças, houve a necessidade de melhorias e ampliações na rede de energia – necessidades que foram rapidamente atendidas pela COCEL.
É a nossa energia que move as indústrias cerâmicas, de auto-peças, de embalagens, as vinícolas, os moinhos e tantas outras que enchem o campo-larguense de orgulho e oportunidades. É também a nossa energia que ilumina nosso tão desenvolvido comércio e empresas prestadoras de serviço. E hoje cada agricultor ou pecuarista pode contar com a nossa energia para seu trabalho, mesmo nos bairros mais distantes, a energia Cocel está lá para colaborar com o desenvolvimento de nossa cidade e nossos cidadãos.
*Pesquisa histórica realizada por Silvano Silva.